sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Frases que marcam #35

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Mais tarde pensei que se essa dor fosse muda eu, mesmo sabendo que ela existia na sala ao lado, tê-la-ia conseguido suportar. É quando o sofrimento encontra voz e nos faz estremecer os nervos que esta piedade nos perturba.

Edward Prendick
H. G. Wells em A Ilha do Doutor Moreau
(Europa-América)

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Vida e Morte: Crepúsculo Reimaginado" - Opinião

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Quem me dera não ter tido a excelente ideia de ler Vida e Morte: Crepúsculo Reimaginado! Não gostei mesmo nada! Ver o Crepúsculo da perspectiva de uma Bella rapaz, neste caso do Beau, é horrível! 

Como a história é a mesma (tirando o final), estava sempre a imaginar a Bella em vez do Beau. Tinha de estar constantemente a relembrar-me que o Beau é um rapaz e a Edyth (aka Edward) uma rapariga! Há certas coisas que o Beau faz e pensa que são bastante esquisitas, porque é algo um bocado estranho para um rapaz... E o Beau não parece um rapaz de todo. Basicamente só olha para a cara da Edyth. Penso que há duas passagens em que refere que vai olhar para outra zona (if you know what I mean...), mas desvia logo o olhar... É uma atitude no mínimo estranha num rapaz, não?

E não é só com ele, mas todas as outras personagens... É que não foi apenas o sexo das personagens principais que a escritora alterou, foi também o de todas as outras! Com excepção dos pais da Bella/Beau e do marido da mãe...

Os nomes então é algo que é melhor nem comentar! Acho que tirando a Edyth ficam todos mesmo muito estranhos! 

A escritora também mudou as histórias de certos personagens. Por exemplo, a Rosalie (Royal agora) já não foi violada pelo futuro marido e amigos; foi "apenas" atacado por amigos da futura mulher com ela a assistir e a rir... Também os ciúmes que ela/ele tem não é por causa da Bella poder vir a ter filhos e querer deitar isso para o lixo ao transformar-se em vampira; simplesmente tem ciúmes porque perdeu a família, ao contrário do Beau que ainda a tem... Não é tão "forte", é assim um motivo sem muito sentido para justificar aqueles ciúmes todos. Digam o que disserem, a história ficou mais soft e com menos impacto. E este não é o único exemplo de mudanças para algo mais chocho e com pouco nexo.

Para além de tudo isto, notei algumas incoerências que, visto que até aquelas partes a história é a mesma, o Crepúsculo também tem, apesar de na altura não ter notado.

O final achei-o um bocado chocho... O do Crepúsculo ficou melhor e a história também teve também mais complicações pelo meio (para alguma coisa foram quatro livros em vez de um!)...

Enfim, detestei mesmo! Acho que nunca dei uma cotação de 1 estrela a um livro! Até agora... Talvez se tivesse lido este primeiro, sem conhecer a história de Crepúsculo, não o achasse tão horrível e awkward...

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Júlio Dinis - Opinião

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A minha mãe comentou com umas pessoas que eu gosto muito de ler e que passo a vida a ir à biblioteca. Então, essas pessoas deram-lhe (ou emprestaram, não sei bem) montes de livros para mim!

A maioria dos livros são de Filosofia e eu não tenciono lê-los, pois é um assunto que não me desperta o mínima interesse. Mas no meio daqueles "montes" apareceram Os Maias (que eu já li duas vezes, mas estou a considerar em lê-lo outra vez) e três do Júlio Dinis: Uma Família Inglesa, As Pupilas do Senhor Reitor e A Morgadinha dos Canaviais.

Já li os dois primeiros livros mencionados do Júlio Dinis, estou agora a ler o terceiro (A Morgadinha dos Canaviais). Nunca tinha lido nada do escritor, mas até estou a gostar. O tipo de histórias faz-me lembrar os livros da Jane Austen, mas com menor qualidade. Achei as obras da Jane Austen mais desenvolvidas.

Apesar de considerar os livros de Júlio Dinis pouco desenvolvidos, gosto da forma como escreve, por isso, estou a gostar da experiência de lê-los. No GoodReads tenho-lhes dado 4 estrelas, pois apesar de achar as histórias previsíveis, com poucas personagens e poucos temas debatidos, os livros têm uma escrita aliciante que me faz querer ler mais.